Governo doará mais de 6 toneladas de batata-doce a 754 famílias sergipanas

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Fotos: Fernando Augusto

Agricultores familiares de Moita Bonita, no Agreste Sergipano, realizaram a colheita de 6,1 toneladas de batata-doce, na última semana. A produção se destina à segunda entrega do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Estadual em 2021, que será doada a 754 famílias em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar usuárias do Sistema Único de Assistência Social (Suas) em Aracaju, Carira e Frei Paulo. A Secretaria de Estado da Inclusão Social (Seias), gestora do PAA do Governo do Estado, fiscalizou o processo de preparo dos alimentos e fez a conferência dos produtos, além de capacitar gestores e fornecedores para a emissão de notas fiscais e cadastramento das entregas no sistema online do Ministério da Cidadania. Até dezembro, 2 mil famílias terão acesso aos alimentos adquiridos pelo Estado de 186 agricultores familiares, entregues quinzenalmente.

Mais de R$ 3 milhões estão sendo investidos, em parceria com o Ministério da Cidadania, na ação de combate e à insegurança alimentar e fomento à geração de renda no campo, durante a pandemia de Covid-19. Raquelle Pinheiro, gestora do PAA na Seias, explica que após o edital, a secretaria segue em articulação com os municípios, com os produtores que irão vender seus produtos e as entidades recebedoras. “Agora estamos no processo de execução, em que estão ocorrendo as doações, e no planejamento das próximas, que provavelmente acontecerão até o final do ano”, informa. Ainda segundo ela, neste semestre, será aberta uma nova oportunidade para mais beneficiários participarem. “Vamos abrir uma chamada especial, tanto para entidades quanto para agricultores que queiram participar, com investimento previsto de R$ 1 milhão”, aponta.

Maycon de Jesus foi um dos agricultores que realizou entrega de batata-doce ao PAA Estadual. Para ele, o programa oferece um preço justo para os produtos que eles plantam. “Esse projeto ajuda bastante a gente, porque já escoa um pouco da nossa mercadoria. Ao invés da gente estar 100% na mão do atravessador, tem esse projeto que paga um preço mais em conta ao produtor. Porque o atravessador só quer a sua mercadoria de graça e o PAA, junto da cooperativa, ajuda o pequeno produtor a crescer”, avalia. Samuel da Cunha, também agricultor fornecedor, disse estar animado para a entrega. Segundo ele, o preço está melhor que o do mercado, mas a finalidade social das mercadorias também traz satisfação. “É muito satisfatório para quem está entregando e também para quem recebe, porque muitos não podem comprar. E ganhar esses produtos é bom demais”, pontua o produtor.

Os 22 agricultores de Moita Bonita que vão, até dezembro, entregar 74,5 toneladas de batata-doce ao PAA Estadual, são sócios na Cooperativa de Produção da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Município De Moita Bonita (Cooperafes). A presidenta da entidade, Cledja Vieira, conta que eles participam do PAA há oito anos e evidencia a sua importância, exaltando a qualidade dos produtos entregues à doação simultânea. “O PAA só veio para ajudar a nossa cooperativa, mas principalmente ao agricultor, pois é mais uma opção de escoamento de sua produção. Assim como também ajuda das unidades recebedoras que atendem as famílias que recebem as doações de alimentos saudáveis. Desde o ano passado, enfrentamos dificuldades quanto à distribuição dos alimentos, por conta da pandemia. Estávamos praticamente parados. Mas com o PAA chegando agora, já temos onde colocar a produção dos agricultores e ficamos muito felizes com isso”.

A gestão do PAA Estadual é compartilhada com os municípios que possuem fornecedores, unidades receptoras ou ambos. Em Moita Bonita, a unidade gestora é a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável. Para o secretário Henrique Costa, pesa a importância do benefício à agricultura familiar do município, assim como a doação para famílias em situação de risco alimentar. “É uma forma de escoamento, beneficia os agricultores da região que plantam por irrigação e, através do projeto, eles conseguem escoar a produção com facilidade e por um bom preço. A partir do momento que os agricultores conseguem uma renda extra, com o escoamento da produção para outros locais, esse dinheiro circula no município, engrandecendo toda a cadeia produtiva”, conclui Henrique.

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