Governo quer diagnostico do estado para definir políticas públicas

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Reprodução / Agência Sergipe de Notícias

Ao acompanhar a apresentação do professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Kleber Oliveira, na tarde desta quinta-feira (04), sobre as Perspectivas de Desenvolvimento de Sergipe, o governador Belivaldo Chagas anunciou que irá criar o Núcleo de Informação Gerencial, como foi sugerido pelo professor. Esse núcleo ficará responsável pela execução de diagnósticos e apontar políticas públicas que venham impactar no desenvolvimento econômico e social do Estado. A apresentação ocorreu no Palácio de Despachos e foi uma iniciativa da vice-governadora Eliane Aquino.

O governador elogiou o trabalho do professor da UFS, que se debruçou sobre os indicadores sergipanos e elaborou um diagnóstico socioeconômico do estado. “É fundamental identificarmos nossos problemas para podermos tomar as decisões. O núcleo vai exatamente mapear os problemas para podermos definir os projetos e programas que vamos empreender. Pretendo atuar mais efetivamente na Saúde, Educação e Segurança Pública, de tal forma que os futuros governantes não possam deixar de dar continuidade ao nosso trabalho”, afirmou o governador.

A vice-governadora Eliane Aquino disse que o governo precisa se cercar de informações para poder definir ações que venham a melhorar a vida da população, especialmente a mais carente. Segundo ela, as políticas públicas precisam atuar com articulação e integração, definindo o público alvo, para que possa ter bons resultado. Eliane destacou que o diagnóstico apresentado pelo professor Kleber Oliveira é o pontapé inicial desse trabalho que o governo vai desenvolver.

Diagnóstico

O professor Kleber Oliveira é membro do Departamento de Estatística e Ciências Atuariais da UFS. A pesquisa que realizou em parceria com a Fapitec/Se, tendo como base os dados oficiais das instituições estaduais e do Governo Federal, a exemplo do IBGE e Pnad, tomou como princípio o ano de 2010 até 2018. Nessa pesquisa, ele levantou informações sobre a estrutura populacional, mercado de trabalho, educação, saúde e segurança pública de Sergipe.

De acordo com Kleber Oliveira, o problema mais grave de Sergipe é a desigualdade social. Ele deu como exemplo a comparação da renda dos moradores dos bairros 13 de Julho e Santa Maria. “Os dois bairros estão a 10 quilômetros de distância, mas a renda daqueles que moram no 13 de Julho é 52 vezes maior que os moradores do Santa Maria”, informou ao ressaltar que essa desigualdade não será solucionada num só governo, mas em gerações.

Ele também diagnosticou que 62 mil jovens sergipanos entre 15 e 29 anos não estudam e não trabalham e todos são de baixa renda. “Caso 7 mil desses jovens entrem para a criminalidade, não teremos como debelar a violência. Não tem como a polícia fazer esse combate com um exército de jovens delinquindo nas ruas, o que mostra que a violência é o resultado da desigualdade”, acentuou.

Para professor Kleber, a saída é investir cada vez mais na educação, porém, ele alerta que é necessário ouvir os jovens. “Espero que esses dados ajudem o governo a pensar políticas públicas para cada segmento. Tenho esperança que o estado e o país superem a crise que está atravessando. Claro que isso não será a curto prazo, mas a longo prazo acredito na superação”, concluiu.

Estavam presentes o secretário Geral de Governo, José Carlos Felizola; a secretária da Inclusão Social, Lêda Lúcia; o secretário da Saúde, Valberto Lima; o secretário de Comunicação, Sales Neto e o superintendente executivo da SSP, coronel José Pereira de Andrade.

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