Primeira discussão das diretrizes orçamentárias é realizada na Câmara de Lagarto

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Na manhã da última terça-feira, 23, aconteceu a 24ª Sessão Legislativa na Câmara Municipal de Lagarto. Na ocasião, os momentos foram divididos entre: Pequeno Expediente, onde se pronunciavam os parlamentares que tinham indicações entre as matérias do dia; discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias e Grande Expediente.

O primeiro a discursar foi o vereador Washington da Mariquita, que tratou, em sua fala, da iluminação pública em alguns pontos do município. “Já cansei de cobrar. A equipe vem, troca duas lâmpadas, e fica o restante lá. A população fica prejudicada e quando o vereador vem aqui e reclama, dizem que o vereador está mentindo. Nós, representantes do povo, queremos o melhor para o nosso município. A população vive me cobrando, mas eu explico: a minha parte eu estou fazendo, estou cobrando, cabe à gestão pública resolver isso”, afirmou.

Quem ocupou a tribuna na sequência foi o vereador Zé do Perfume, que aproveitou para criticar problemas estruturais na cidade. Nesse caso, as ruas esburacadas em Lagarto. Além desse tema, o parlamentar citou a problemática das casas de taipa no município, destacando ainda pessoas de saúde frágil que estão vivendo em residências precárias, em que as paredes estão caindo. “Dona Hilda, não olhe para Zé do Perfume! Olhe para esse povo. Esse povo está com frio, na lama, na chuva”, exclamou.

Lei de Diretrizes Orçamentárias

Após os discursos, a sessão seguiu para a primeira discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A mesa diretora disponibilizou aos parlamentares a cópia dos documentos, que já tinham sido lidos anteriormente.

Sobre a LDO, o vereador Fábio Frank foi o primeiro a se pronunciar. Sua fala foi marcada por um tom ameno. “Ainda iremos debater esses assuntos na segunda discussão, na redação final. Por isso peço aos demais vereadores apenas uma coisa: diálogo. Essa pandemia que estamos passando não vai ser só esse ano. Ela vai perturbar nosso município, estado e país por um bom tempo. Então é muito importante que tenhamos um diálogo coletivo para chegarmos a um denominador comum”, afirmou.

O presidente da Casa Legislativa, Eduardo de João Maratá, aproveitou ainda para destacar a questão dos créditos suplementares. “Nesse momento, até por causa da pandemia, estão havendo recursos. Por isso, talvez não tenham pedido o crédito suplementar. Mas independente de querer ou não, precisar ou não, essa Casa sempre demonstrou que, quando quisessem, nós sempre tivemos tempo hábil. O que eu percebo é que as gestões em si querem fazer tudo independente de vereador. Quando os parlamentares sabem de alguma coisa é porque partiu das redes sociais ou das pessoas cobrando a gente”, disse.

Quem também se pronunciou foi o vereador JC. Em sua fala, o parlamentar isenta a mesa diretora e a própria Casa Legislativa de agir politicamente pensando no ano eleitoral. “Nós temos que ter consciência do que aprendemos nos congressos. O que estamos aprovando não é algo político, até porque se fosse, não datava do ano de 2021”, explicou JC.

Outras falas foram dos vereadores Josivaldo dos Brinquedos, Gilberto da Farinha, Zé do Perfume, Creusa do Oiteiro e Clayton Moore.

Grande Expediente

A sessão seguiu com a participação dos vereadores Fábio Frank e Clayton Moore. Ambos citaram o mesmo assunto: uma notícia que dizia que a prefeitura estaria negando a liberação da construção de uma usina de asfalto no município.

O parlamentar Clayton Moore esclareceu o que, segundo ele, era uma notícia distorcida. O vereador explicou que a prefeitura não negou a construção da usina, mas sim, através de parecer técnico, indicou uma outra localidade para a construção dela. Além disso, destacaram que o documento não havia passado pelas mãos da prefeita, mas sim, era um documento vazado.

O presidente da Câmara de Lagarto, Eduardo de João Maratá, destacou que um tema relevante como esse já deveria ser do conhecimento da Casa Legislativa e dos legisladores. “Essa Casa já deveria estar sabendo. São dois poderes [executivo e legislativo] que devem andar juntos. Não era nada demais chegar até nós e conversar, já que essa história começou há mais de 6 meses. Os vereadores têm que ser respeitados, não serem usados pela gestão. Mais uma vez a gestão acredita que pode resolver tudo sozinha”, desabafou.

A sessão ganhou um tom mais severo ao final, quando o vereador Alex Dentinho acusou os vereadores Clayton Moore e Fábio Frank se serem mentirosos. Na tribuna, Alex afirmou que diferente do que os parlamentares tinham afirmado, o documento com o parecer já tinha sido entregue ao empresário responsável pela proposta de construção da usina. E que diante da situação, o investidor preferiu buscar alguma outra solução através de representantes na Câmara Federal.

“Mentirosos! Respeitem o povo! Vocês ficam mentindo, usando essa Casa. Mas eu digo: vocês dois são uma vergonha. Depois vem aqui falar de fake news… Fake News é a sua gestão, que dá rosa de R$ 10”, concluiu.

Fonte: Ascom CML.

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