O Governo do Estado, representado pelo secretário Geral de Governo, José Carlos Felizola, participou, nesta terça-feira (26), de uma reunião em Brasília (DF) para discutir as questões relacionadas à Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) de Sergipe.
A reunião foi realizada entre membros de um Grupo de Trabalho (GT), criado para debater o caso e formado por membros da bancada federal de Sergipe e da Bahia (que passa por um problema semelhante) na Câmara e no Senado Federal, além de integrantes do Ministério de Minas e Energia e da Petrobras.
“Na reunião, definimos a formação do grupo, que se reunirá em outros momentos para discutir todas as alternativas possíveis para reversão da hibernação que já está acontecendo na Fafen”, destacou Felizola.
Ainda de acordo com o secretário, após o período de Carnaval, deverá ser realizada uma segunda reunião do Grupo de Trabalho, desta vez em Sergipe, com o objetivo de dar continuidade às discussões sobre o tema.
Participaram da reunião, o senador Rogério Carvalho; os deputados federais Fábio Mitidieri e João Daniel; o senador da Bahia, Jacques Wagner; o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Márcio Felix; e o diretor da Petrobras, Luiz Valente.
Histórico
O governo do Estado, por ordem expressa do governador Belivaldo Chagas, desde o início de fevereiro deste ano, entrou com ação na justiça para suspender a hibernação da fábrica localizada em Laranjeiras (SE). A unidade entrou em hibernação a partir de quinta-feira, dia 31, interrompendo as atividades gradativamente.
Com fábricas em Sergipe, em Laranjeiras, e na Bahia, em Camaçari, a Fafen tem potencial para empregar 1.500 trabalhadores e gerar mais de 5 mil empregos indiretos. Juntas, as unidades eram responsáveis por 30% da produção de fertilizantes do País, que importa 70% dela a fim de abastecer a produção nacional de alimentos.
No dia 12 de fevereiro, a Fafen/ SE foi multada pela Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), em R$ 50 milhões, pelo descumprimento de duas notificações referente a falta de autorização para hibernação pelo órgão ambiental e ao lançamento de efluentes sem o tratamento adequado no emissário que deságua na Praia de Aruana.
Além dessas últimas ações, a temática da hibernação da Fafen vem sido discutida pelo governador Belivaldo Chagas desde o início de sua gestão, em 2018, através de reuniões internas e externas, com o objetivo de buscar soluções para a continuidade do funcionamento da fábrica.
O fechamento das fábricas em Sergipe e na Bahia foi anunciado em março do ano passado. O motivo, segundo a Petrobras, foi a perda com a produção de fertilizantes. Na ocasião do anúncio, o então governador Jackson Barreto conseguiu um prazo de 120 dias para apresentar, junto com o governo da Bahia, proposições para manutenção da Fábrica. A Fafen opera no estado de Sergipe desde outubro de 1982.