Sistema Prisional de Sergipe não registra fugas há dois anos

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Investimento em equipamentos de proteção individual, câmeras de monitoramento e em cursos profissionalizantes são alguns dos fatores que estão contribuindo para o marco de dois anos sem fuga no sistema penitenciário sergipano, que atualmente que abriga mais de 6 mil detentos.

De acordo com o secretário de Estado da Justiça e de Defesa do Consumidor, Cristiano Barreto, a última fuga no sistema prisional foi registrada em 26 de fevereiro de 2017, e desde então a pasta vem investindo para que as fugas não aconteçam. “Esse é um marco histórico no nosso sistema prisional. Tudo isso é fruto de muito trabalho dos agentes e guardas prisionais que estão, no dia a dia, atentos a tudo que se passa nas unidades”, enfatizou.

Os investimentos com o emprego das câmeras de videomonitoramento e nos equipamentos de análise corporais (do inglês, bodyscan) também foram fundamentais para que não houvesse fugas durante o período. No sistema de circuito fechado de câmeras foi investido um total de R$ 4,9 milhões; já com o bodyscan, esse valor foi de R$ 2,8 milhões.

O secretário ressalta também que o setor de inteligência do Departamento do Sistema Prisional (Desipe) está sempre um passo à frente daqueles internos que elaboraram planos de fuga. “Nossas equipes estão em trabalho intenso de triagem de perfis dos internos, o grau de periculosidade; e na investigação, sempre coletando informações, trabalhando irmanada com outros órgãos de inteligência e para agir nos momentos certos para impedir fugas”, afirmou.

O diretor do Departamento do Sistema Prisional (Desipe), Agenildo Machado de Freitas Júnior, destaca a importância do fortalecimento da corregedoria, a implementação de videoaudiêcias, a parceria com o Poder Judiciário no cumprimento das audiências, e a Escola de Gestão Penitenciária (Egesp), que tem dado as condições necessárias para a realização de cursos para os agentes e guardas, qualificando-os periodicamente.

“Esse conjunto de fatores é o que tem demonstrado a eficiência do nosso trabalho. Nossa equipe está sempre muito comprometida para a melhoria do sistema, visando evitar fugas, e influenciando diretamente na segurança da população sergipana”, complementou o diretor do Desipe.

Ainda de acordo com Agenildo Júnior, o trabalho de separação de internos por características dentro das unidades prisionais, as ações de humanização, através do setor de pedagógico, acolhimento e saúde básica, também são estratégias imprescindíveis para manter o sistema prisional funcionando sem que haja rebeliões e fuga.

O diretor do Desipe também ressaltou a importância de todos os integrantes das equipes do Desipe. “Deixo meu agradecimento a todos os funcionários da Secretaria, desde a parte administrativa até aqueles que trabalham nos pavilhões. Esse feito não teria sido possível sem o comprometimento de todos, sem que todos estivessem imbuídos nesse mesmo objetivo”, concluiu.

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