Lagarto é um município de médio porte, se comparado a outros municípios do interior sergipano, e de pequeno porte em nível de Brasil. Assim, aqui ocorrem tanto situações de uma metrópole, quanto aquelas picuinhas e fofocas típicas de cidade pequena.
Eis que, neste 31 de janeiro, acordo às 6:30 como sempre, e ao sair do meu quarto percebo que o ar na casa está irrespirável mesmo com apenas e tão somente o basculante da cozinha aberto. Apavorada e sem conseguir respirar procuro alguma panela queimando no fogo, ou tomada em curto. Como tudo parecia estar em ordem, abro a janela para tomar um ar, e percebo que é a fumaça tóxica do lixão que queima há dias sem que o poder público tome nenhuma providência acerca disto.
Indignada, faço um post no MEU INSTAGRAM (@eufatimamara), e em questão de segundos surge uma correligionária da prefeita a defender a administração atual e condenar a minha (segundo ela) oposição.
Diante disto, fiquei chocada e ao mesmo tempo triste por voltar ao século retrasado, onde criticar quem está no poder era motivo de perseguição e até morte, por parte dos coronéis lagartenses da época.
O fato é que, das torneiras sai água barrenta (quando tem), a violência é quem dita os horários e costumes da população (para fugir dela), a fumaça do lixão é “normal” segundo a correligionária e defensora da prefeita, e estudantes reclamam que não vão à aula por falta de transporte escolar. Isso para citar superficialmente a rotina dos lagartenses.
Enfim, se ela quiser pode apagar, porque o print é o meu pastor e nada me faltará…
O que eu fiz pra ser atacada na MINHA REDE SOCIAL?
Poesia, ditadores odeiam poesia.
*Fátima Mara é segundo ela mesma, historiadora, poetisa, contista, outrora jornalista, e para os escravos do sistema (ORGULHOSAMENTE) “polêmica e briguenta”.