Nesta quinta-feira, 25, na luta pela conquista do Plano de Carreira e Vencimentos, bem como pela realização de concurso público, o vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Lagarto (SINDLAGARTO), Roberto Silva, participou do programa Sergipe em Destaque, na 102.7 FM, para falar da situação precária dos servidores efetivos.
O Plano de Carreira e Vencimentos foi um promessa da prefeita Hilda Ribeiro, na campanha de 2020, contudo, ficou apenas no papel. “Tem servidor que desde o último concurso público, em 2012, seja nível médio, técnico ou superior, ainda não recebeu reajuste salarial. Eles estão tendo uma perda significativa. Queremos que isso mude, inclusive iremos cobrar o retroativo. Na próxima semana, vamos judicializar para conseguir os nossos direitos”, disse o vice-presidente do SINLAGARTO, afirmando que o Sindicato irá ao Ministério Público, após decisão tomada em Assembleia da categoria.
Indagado sobre o número discrepante de quase três mil comissionados e temporários, enquanto há menos de dois mil estatutários na prefeitura, Roberto Silva disse: “É muito exagerado, a gente não tem nem dois mil servidores efetivos, isso é inadmissível. A gente já foi ao Ministério Público de Lagarto, diante do número de comissionados e efetivos, para falar da necessidade de realização de concurso público”, contou.
Folha Salarial
O município de Lagarto arrecada cerca de R$ 20 milhões mensais, dessa quantia, bem mais de R$ 15 milhões são para pagar a folha salarial dos servidores – mais de R$ 6 milhões para não efetivos -, restando menos de R$ 5 milhões para serviços como saúde, educação, assistência social, entre outros setores.
Não é à toa, portanto, o quantitativo de denúncias da população reclamando do descaso com serviços básicos no município, principalmente quando o assunto é a falta de medicamentos, exames, dificuldade para marcar consultas com profissionais especializados, transporte escolar, infraestrutura, por exemplo.
Por fim, fica evidente que boa parte do montante arrecadado, é utilizado para cargos de livre nomeação e exoneração da gestão, como fez o ex-secretário de Planejamento, Adriel Alcântara, que nomeou parentes para cargos comissionados na Prefeitura de Lagarto, com o conhecimento da prefeita. Graças ao Ministério Público, o nepotismo foi descoberto, resultando em ação de improbidade administrativa contra os dois.
