Sessão da Câmara de Lagarto traz tribuna livre sobre academias do município

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A 18ª sessão da Câmara Municipal de Lagarto teve seu decorrer registrado por uma Tribuna Livre. Na ocasião, o precedente para reabertura do comércio foi discutido, contando com a participação de um representante da área e do debate entre os parlamentares.

Antes disso, os discursos se voltaram às indicações. O vereador Zé do Perfume foi o primeiro a abrir as falas no Pequeno Expediente, citando suas propostas. Uma tratava-se de um pedido antigo do parlamentar: obras numa rua esburacada do município. Já a segunda dizia respeito à iluminação pública. “Recebi várias reclamações da população, que tem todos os motivos para falar sobre esse assunto. O povo de Lagarto não pode passar por isso! Por isso venho pedir encarecidamente que essa gestão olhe pela população que mais está sendo afetada”, afirmou.

Quem também apresentou suas indicações foi a vereadora Creusa do Oiteiro, que apontou algumas obras importantes para o município. Entre elas, a reforma da praça do Povoado Pururuca e a situação da estrada do Matadouro, que, segundo ela, precisam do olhar mais firme do Poder Executivo. “É lamentável ver aquela estrada daquele jeito que se encontra. Muitas pessoas que passam de moto estão caindo, se acidentando, tudo por causa do estado daquele local. Fizemos várias reivindicações, muitos vereadores estão fazendo, mas continua difícil”, ressaltou Creusa.

O orador seguinte foi o vereador Washington da Mariquita, que também usou sua fala para chamar atenção à secretaria de obras. “Já fiz indicações, já cobrei aqui, tem mais de anos que eu falo sobre a situação do Povoado Piaba e até agora nada de solução para as famílias. Nesse tempo de chuva é um sofrimento! Peço a administração que veja a situação desse povo que tanto sofre”, demandou.

O último tema abordado no Pequeno Expediente foi a demolição das bancas do Mercado dos povoados Jenipapo e Brasília. “Está lá tudo abandonado, a feira sendo feita ao lado do Mercado nos dois municípios. A população vê aquele local todo novo, reformado, mas infelizmente não pode entrar”, declarou o vereador  Gilberto da Farinha, propositor da indicação que tratou das feiras.

A sessão seguiu, dessa vez com uma Tribuna Livre requerida pelo vereador Josivaldo dos Brinquedos. A fala foi concedida ao representante dos proprietários de academias no município, Fábio Nery, que aproveitou seu momento para ressaltar os planos da categoria para o retorno de suas atividades.

“Sabemos que a o exercício físico é fundamental na vida do ser humano, principalmente quando vemos que o índice de mortalidade pela falta dele é enorme. As rotinas dos estabelecimentos de atividade física já são preenchidas com limpezas e cuidados, sendo necessário apenas reforçar essa iniciativa, seguindo todos os protocolos sanitários mundiais. Assim as pessoas poderiam voltar a fazer suas atividades dentro dos estabelecimentos”, explicou.

As ideias principais se tratavam de: extensão dos horários de atendimento; distanciamento para atender os grupos de alunos; sessões de 1 hora diminuídas para 50 minutos, para que os outros 10 se reservem à limpeza, entre outros.

Alguns parlamentares comentaram a apresentação de ideias. Josivaldo dos Brinquedos foi o primeiro a se manifestar. “Outro ponto importante seria usar aquela ferramenta de medição de temperatura antes das pessoas entrarem para fazer seus exercícios. Essas medidas de distanciamento e limpeza citadas são muito fundamentais nesse momento”, disse Josivaldo, prosseguindo sua fala para tirar dúvidas sobre alguns pontos do discurso do representante.

A vereadora Marta da Dengue parabenizou Fábio Nery pela iniciativa de propor possibilidades para a volta dos estabelecimentos. Em seguida, o vereador JC demonstrou apoio aos comerciantes, aproveitando para diagnosticar que o protagonismo durante essa pandemia tem sido do Poder Executivo, e não do Legislativo, por isso, as ações ou falta delas, são de responsabilidade da gestão municipal.

Para o parlamentar Alex Dentinho, a ênfase vai não só para quem pratica os exercícios, mas para a falta de ação do Executivo diante dos problemas enfrentados pelos lagartenses. “Tem pessoas que não só gostam de exercícios, mas que também precisam, seguindo orientações médicas. Enfim, o município recebeu 12 milhões para o combate à Covid-19 e nem matar a fome do povo com as cestas básicas conseguiu”, criticou.

A solidariedade aos comerciantes foi a principal colocação do vereador Fábio Frank, que falou logo em seguida. O parlamentar afirmou que as sugestões levadas através do representante das academias deveriam ser tratadas com mais ênfase para encontrar soluções e ajudar, do que para serem tratadas com “politicagem”, de acordo com suas palavras.

Outros parlamentares também endossaram o apoio aos comerciantes. Entre eles: Creusa do Oiteiro, Zé do Perfume, Jocelmo de Antônio Simões, Jailton da Mercearia.

O parlamentar Amilton Fontes aproveitou a oportunidade para explicar o papel do Legislativo e criticou a falta de unidade entre os dois poderes que regem o município. “Nós trazemos indicações todos os dias para essa Casa mas desde que retornamos nossas atividades, nesse período de pandemia, nós nunca fomos convidados para uma reunião. Nunca fomos convidados por nenhum secretário, assim como nenhum chegou até nós. Aqui sempre estamos com indicações pertinentes, mas vejo que algumas nem são atendidas. A gente não tem diálogo com a gestora”, enfatizou.

O presidente da Câmara de Lagarto, Eduardo de João Maratá utilizou sua fala para prosseguir os comentários a respeito da relação dos parlamentares com a prefeitura.

“A gente fica um pouco preocupado porque quando a gente defende alguma coisa, logo a situação pensa que é algo ‘politiqueiro’. Mas é importante ver que se dependesse dos próprios vereadores de situação o comércio estaria aberto. Isso mostra que, infelizmente, a prefeita fica um pouco ‘à toa’. São 17 vereadores nessa Casa e ela não nos procura. Essa semana nós denunciamos o caso do feijão estragado e mesmo assim tinha gente criticando os vereadores por fiscalizar. Ou seja: acham que temos que ver um erro e não falar, porque se falarmos é uma questão ‘politiqueira’. É difícil assim!”, evidenciou.

E Eduardo ainda deixou um recado para outros parlamentares. “A situação, ao invés de criticar os vereadores de oposição que questionam, deveria correr atrás da gestão para que possam agir. Para as pessoas tudo que tem de ruim é culpa do vereador, mas tudo que há de bom é responsabilidade da gestão”, concluiu.

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