Nesta terça-feira, 22, uma mãe de uma criança autista entrou em contato com o programa “Sergipe em Destaque”, na rádio 102.7 FM, apresentado por Aclécio Prata, para denunciar o descaso na saúde na administração da prefeita Hilda Ribeiro, no município de Lagarto.
Bastante emocionada, ela compartilhou a difícil situação que enfrenta para conseguir consultas médicas para seu filho autista, de um ano e sete meses, que recentemente sofreu um acidente e feriu a boca. Devido a esse incidente, a criança não consegue se alimentar normalmente, dependendo exclusivamente de leite.
Ela buscou ajuda junto à prefeita Hilda Ribeiro, em um evento da saúde. A gestora pediu que ela fosse à prefeitura para explicar o caso, mas, apesar de inúmeras tentativas, não conseguiu estabelecer comunicação com Hilda nem com o secretário municipal de comunicação. Então, recorreu ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do município, mencionando que cuida de uma criança autista com dificuldades de acesso aos serviços de saúde, além de ter outra filha e uma renda mensal de apenas 800 reais, insuficiente para cobrir todas as despesas.
Segundo a mãe, a assistente do Cras disse que com o valor mencionado ela poderia “viver muito bem” e aconselhou que procurasse o pai das crianças, em vez de buscar ajuda na prefeitura. Durante o programa, ela desabafou diretamente com a prefeita Hilda Ribeiro: “Prefeita Hilda Ribeiro, por favor, treine seus funcionários para tratar as pessoas como “gente”. A senhora se pronunciou sobre os direitos dos autistas em vídeos, contudo, apenas nas redes sociais. A realidade do povo é totalmente diferente, a realidade que enfrento com meus filhos é completamente diferente de tudo que é postado. Meu filho precisa de atendimento médico por causa de uma lesão na boca e de sessões de fisioterapia, pois não consegue se alimentar de forma adequada, só aceita leite, e cada vez que tentamos oferecer comida, ele a joga no chão.”
A mãe também expressou sua insatisfação com o pré-natal ofertado no município de Lagarto, descrevendo-o como “péssimo”.
Confira na íntegra o relato da mãe:
