O deputado estadual Ibrain de Valmir defendeu nesta quarta-feira, 30, na Alese, uma intervenção no município de Lagarto, como meio de combater e evitar maiores danos presentes e futuros gerados pela gestão da prefeita Hilda Ribeiro, que perdeu a eleição e estaria adotando, segundo o parlamentar, uma série de posturas nada republicanas e muito prejudiciais à vida da gestão e muitos lagartenses, sobretudo os mais pobres.
“Eu venho aqui encarecidamente, presidente, dizer a quem está nos escutando que vamos pedir a intervenção no município de Lagarto, porque nossas crianças precisam, a Saúde de Lagarto precisa de ação. Lagarto está parecendo uma cidade-fantasma. As portas da prefeitura fechadas, não existe nenhum tipo de funcionalismo dentro do município”, disse o deputado.
Ibrain de Valmir pintou um quadro deplorável no mando da quarta maior cidade sergipana. “Senhor presidente, mais uma vez me dirijo aqui à Tribuna da Casa do Povo de Sergipe com algo que não sai de minha cabeça: para nós, o calendário anual acaba à meia-noite do dia 31 de dezembro. Ou eu estou errado? Porque, para a prefeita municipal de Lagarto, o calendário de 2024 já acabou e o ano já virou”, disse ele.
“Falo isso pelo que Hilda Ribeiro está fazendo com o nosso município. A gente sabe que uma administração, quando perde a eleição ainda têm cerca de três meses pela frente. São três meses para cuidar do povo. Já em Lagarto é o contrário, e eu vou dar aqui alguns exemplos”, denunciou o deputado.
“E o mais grave: a gente sabe que muitas crianças no município têm a sua primeira ou a sua única refeição nos colégios e a partir de ontem não terão mais. Por quê? Porque todas as merendeiras do município de Lagarto foram demitidas. E eu venho aqui na Casa do Povo fazer esse desabafo e dizer à senhora prefeita Hilda Ribeiro que o mandato dela, apesar desse calendário imposto por ela, acaba à meia-noite do dia 31 de dezembro”, disse o parlamentar.
“E, mais do que isso: venho pedir aos órgãos responsáveis, ao Ministério Público, ao Estado de Sergipe, uma intervenção urgente no município de Lagarto. Já aconteceu isso em Poço Redondo, já aconteceu isso em Canindé e nós precisamos que Lagarto não pare. O poder público está lá para servir ao povo. Só porque Hilda Ribeiro perdeu a continuidade de seu mandato, ela acha que deve abandonar a cidade nesses últimos meses que faltam”, disse Ibrain.
“Hoje, o pai de família que trabalha e que tem que deixar seus filhos numa creche municipal, acabou tendo isso pela metade, porque a creche em Lagarto, a partir de ontem, termina sua ação ao meio-dia. O pai de família que trabalha até as 5h da tarde vai ter que pedir demissão ou pedir para seu patrão deixar ele sair para poder pegar seu filho”, denunciou Ibrain.
“Se a pessoa adoecer após o meio-dia tem que esperar dentro de casa, porque os postos de saúde no município de Lagarto também só funcionam a partir do meio-dia. Se você, pai ou mãe de família do município de Lagarto, precisar do colégio para seu filho, infelizmente hoje em Lagarto a administração apenas está fazendo um turno. A pessoa tem que ser sorteada, porque às 5h tarde o colégio está fechado”, disse ainda Ibrain.
E disse mais: “Na última terça, 29, mais de 10 profissionais e especialistas da saúde foram demitidos no município de Lagarto. Crianças especiais, que precisam de cuidados especiais, tiveram esses profissionais demitidos também no dia de ontem. E mais do que isso: pessoas que fizeram teste seletivo, cujo contrato acabava no dia 31 de dezembro, no dia de ontem também foram demitidos. E não pode acontecer isso. Hilda tem a responsabilidade. Eu garanto que salário dela vai entrar até o dia 31 de dezembro deste ano. Por que a cidade de Lagarto tem que parar? Por um capricho? Por irresponsabilidade ou então por falta de competência de uma administração que vem mexendo com a cidade de Lagarto há seis anos e está mostrando a sua cara agora, quando perderam essa eleição?”, fustiga Ibrain.
JL Política