Sem receber da Prefeitura de Lagarto, dono de clínica relata aumento de exames durante eleições

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Na manhã desta segunda-feira, 23, o Jornal da Fan repercutiu a denúncia do médico Alexandre Moreira, proprietário da Clínica Climam, que presta serviços médicos para a Prefeitura Municipal de Lagarto. Ele falou ao vivo por telefone sobre o problema que tem enfrentado para receber, da Prefeitura, o repasse de valores referentes a atendimentos médicos realizados por indicação do Município.

O médico diz que há muitos anos, não apenas ele, como também outras clínicas, costumam prestar serviços para a Prefeitura. Ele explica que, em Lagarto, alguns exames ofertados à população pelo Município, como o de ultrassonografia, são marcados nos postos de saúde, via Sistema Único de Saúde (SUS). Depois de marcado o exame, os pacientes são encaminhados para as clínicas particulares que prestam este serviço à administração municipal. Ele ressalta que a prática é comum e que há anos existe essa dinâmica, inclusive em administrações municipais passadas.

Segundo Moreira, durantes os meses que antecederam as eleições, houve uma alta na demanda de encaminhamentos para a realização de exames e, passado o período eleitoral, os encaminhamentos diminuíram consideravelmente. Pesa também, contra a Prefeitura, o não pagamento desses exames.

“Há muitos anos isso acontece. Entra administração, sai administração e funciona da seguinte forma: atendemos à demanda por exames em janeiro. Quando chega fevereiro, a gente informa à secretaria de Saúde quantas pessoas foram atendidas e quantos exames foram feitos. No mês de março, 60 dias depois, essa produção é paga. Tudo vinha acontecendo muito bem, normal, mas, após a eleição, em outubro, acabou esse repasse. Não houve mais repasse nenhum. O mês de outubro, que era quando deveria ter sido pago o referente ao mês de agosto, atrasou e aí depois não pagou mais nada”, declara o médico.

O prestador de serviços também contou que tanto ele, quanto outras clínicas, desde então vêm reivindicando, sem sucesso, a quitação dos exames contratados. Além do não pagamento, outro fato curioso que chama à atenção é que, após o período eleitoral, a demanda por exames diminuiu drasticamente. De acordo com Alexandre Moreira, a montante devido a ele pela Prefeitura gira em torno de R$ 30 mil, referente a 600 exames realizados, aproximadamente.

Além da Climam, a Prefeitura também deve a outras clínicas que prestam serviços equivalentes ao Município. O médico ressalta que desde o ano passado vem reivindicando, sem sucesso, o pagamento da dívida. A insatisfação quanto à forma como vem sendo tratado, o fez levar o caso ao conhecimento público.

“Na rede particular, esses exames custam em torno de R$ 100 a R$ 150, mas, para o Município, ele sai por R$ 30. A gente aceita, para que a população não sofra, mas desta forma que estão nos tratando, eu resolvi falar”, declara o médico.

FanF1

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