Saúde realiza Webpalestra sobre manejo e fluxo de casos suspeitos do novo coronavírus

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Fotos: Thalia Freitas | Ascom/SES

Aconteceu na terça-feira (11), na Fundação Estadual de Saúde (Funesa), a webpalestra Manejo e Fluxo de Casos Suspeitos do Novo Coronavírus realizada pelo médico infectologista da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Dr. Marco Aurélio Góes, e pela Coordenadora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), Daniela Cabral Pizzi Teixeira, destinada a gestores, profissionais da Atenção Primária, estudantes e demais interessados que puderam acessar o link do TeleSaúde Sergipe e acompanhar, ao vivo, a conferência.

A grande tarefa da Rede de Atenção à Saúde neste momento, como explicou o Dr. Marco Aurélio, é estarem alertas para detectar, oportunamente, casos suspeitos para o novo coronavírus, de forma a providenciarem, imediatamente, o isolamento adequado do paciente, a coleta de material para a realização dos testes, identificação e bloqueio, o mais rápido possível, uma possível transmissão do novo vírus.

“Essa webpalestra faz parte do movimento de comunicarmos toda a população e municípios, sobre o Plano Estadual de Contingência, esclarecendo os conceitos principais, conceitos do que realmente é um caso suspeito, para que nós não tenhamos detecção de casos falsos. Um fato muito importante é que, nesse momento, estamos trabalhando com a preparação. Não temos casos confirmados no Brasil, no nosso estado não temos nem casos suspeitos, mas temos que estar preparados. Discutimos o que conhecemos hoje, e ao longo dessa situação de emergência de saúde pública, novas atualizações serão realizadas, a depender dos novos conhecimentos científicos e epidemiológicos que forem surgindo”, disse o médico.

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), conforme informou a coordenadora Daniela Cabral Pizzi Teixeira, funciona em regime de plantão 24h por dia, em todos os dias da semana e atende através do número 0800 282 2822. “O canal de comunicação do CIEVS é aberto, principalmente, para os profissionais de saúde, instituições, hospitais, mas a população, em caso de dúvida, também pode acessar. O foco principal é o profissional de saúde para que faça a notificação de casos, mas não impede que recebamos dúvidas e prestemos esclarecimentos à população também”, comentou.

A coordenadora informou, ainda, que além do lançamento do Plano de Contingência para toda a Rede de Urgência e Emergência do Estado, pública e privada, e da webpalestra para os profissionais da Atenção Primária acontecerá, também, encontro com os coordenadores de vigilância epidemiológica a fim de receberam orientações acerca da condução oportuna de casos suspeitos.

Condições para que um caso seja considerado suspeito

Situação 1: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

Situação 2: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de contato próximo de caso suspeito para o novo coronavírus, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

Situação 3: Febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E contato próximo de caso confirmado de coronavírus em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

Como ocorre a transmissão

A transmissão acontece de pessoa para pessoa, através do ar, por meio de gotículas de saliva, tosse, espirro, catarro, toque ou aperto de mão e contato com objetos ou superfícies contaminadas.  O tempo de vida do vírus no ambiente é de 24 horas e o tempo de incubação ainda é incerto. É possível que haja transmissão mesmo antes do aparecimento dos sintomas.

Quanto ao tratamento da doença

Para infecções causadas por coronavírus humano não há tratamento específico. No entanto, para alívio dos sintomas, recomenda-se o uso de medicamento para dor e febre como antitérmicos e analgésicos, humidificador no quarto ou banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse, ingestão de líquidos e repouso. É importante ressaltar que em caso de suspeita, procurar imediatamente uma Unidade de Saúde e não se automedicar.

“Ainda não temos nenhum tratamento antiviral específico para o novo coronavírus, mas temos os tratamentos sintomáticos para aliviar sintomas, a oxigenoterapia para aqueles que precisam de ventilação mecânica ou de oxigênio complementar”, comentou o infectologista.

Dicas de Prevenção

Para reduzir o risco de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus, recomenda-se evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença; evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

Governo de Sergipe

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