O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), sensível a necessidade de combater o abandono e a evasão escolar, aderiu, em outubro de 2018, a Iniciativa Fora da Escola Não Pode! Criada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). A Busca Ativa Escolar trata-se de uma plataforma gratuita para ajudar os municípios no enfrentamento da exclusão escolar. A intenção é apoiar os governos na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes de 04 a 17 anos que estão fora da escola ou em risco de evasão.
O secretário da Seduc, professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, conta que Sergipe aderiu à campanha com o objetivo de articular a estrutura da pasta, bem como mobilizar os 75 municípios que aderiram a Busca Ativa Escolar. “Na perspectiva de fomentar as ações da plataforma da busca ativa no período de matrícula para o início do ano letivo de 2020, a Coordenação Operacional Estadual, fomenta junto as Secretarias Municipais de Educação a realização do Mutirão da Busca Ativa Escolar”, disse o gestor.
A estratégia é feita de forma conjunta entre o Governo e os 75 municípios sergipanos para combater a saída de crianças e adolescentes de 4 a 17 anos da escola. Ela é realizada envolvendo agentes públicos de diferentes setores do município (saúde, assistência social, educação), que vão identificar, registrar, controlar e acompanhar essas crianças e adolescentes fora da escola – tudo através de uma Plataforma virtual (ou formulários impressos, para o caso de dispositivos que não têm acesso à rede).
“O trabalho com as crianças e os adolescentes não acaba quando elas são incluídas na escola. Muito pelo contrário, pois ao realizar esse processo de busca ativa, identificam-se os motivos que afastam as crianças e os adolescentes da escola: pode ser uma deficiência, situação de rua, conflito com a lei, falta de transporte, trabalho infantil, preconceito ou discriminação racial, violência familiar ou na unidade escolar ou mesmo uma evasão por tornar a escola desinteressante. Além da inclusão é realizado o acompanhamento de um ano desses estudantes recém-matriculados”, explicou a professora Ana Lúcia Lima, diretora do Departamento de Educação (DED) e Coordenadora Operacional Estadual da Busca Ativa Escolar.
Além disso, simultaneamente ao trabalho que é realizado in loco junto às comunidades, acontece uma campanha nas rádios locais, principalmente AMs que atingem os locais de alta vulnerabilidade social, para avisar sobre a Busca Ativa Escolar e pedindo a colaboração da comunidade local na identificação dessas crianças.